Se há algo em comum entre as empresas vencedoras da categoria Química e Petroquímica do ranking Estadão Empresas Mais é o foco em pesquisa e desenvolvimento. Os resultados de Nufarm, Bayer e Produquímica variaram em 2016 em razão de seus mercados, mas as três continuam mantendo a preocupação com o desenvolvimento de mais e melhores produtos. A australiana Nufarm, primeira colocada na pesquisa, não tem do que reclamar. O presidente da companhia, Marcos Gaio, não revela muitos números, mas afirma que a operação brasileira cresceu 5% em 2016. “Atuamos basicamente no agronegócio, com a produção de agroquímicos e sementes e este é um setor que continua robusto”, afirma.
Para quem atua na área, estar sempre próximo ao agricultor tem se mostrado uma estratégia excelente na busca constante dos bons resultados
Mais do que o foco em um setor em crescimento, Gaio atribui o sucesso nos negócios e o crescimento da Nufarm à estratégia de penetração de mercado estabelecida pela empresa: se manter perto do agricultor onde ele estiver. “Temos uma equipe com centenas de consultores que fazem visitas constantes aos nossos clientes”, diz, lembrando que esse time é o responsável por realizar um mapeamento do que pode ser oferecido ao mercado e por alimentar a equipe de pesquisa e desenvolvimento.
O executivo deixa claro que sua ambição é dar ao agricultor uma experiência positiva, fazendo com que ele se sinta confortável fazendo negócios com a Nufarm e, claro, que queira fazer mais na próxima safra. “O agricultor está no centro de nossa atenção. Estamos procurando melhorar nossos produtos, nossa logística e a estratégia de atendimento técnico a esses clientes”, revela.
Nufarm
Para a Bayer, há 120 anos no Brasil, segunda colocada na categoria Química e Petroquímica, o ano passado não deixou saudades. Embora tenha conseguido um resultado financeiro de R$ 8,3 bilhões, este representou recuo de 14% em relação a 2015. O presidente da companhia no País, Theo van der Loo, ressalta que esse desempenho foi fruto do momento de transição do cenário político nacional e da redução do crédito.
Mas isso não fez com que a Bayer recuasse de sua meta de investir consistentemente na área de pesquisa e desenvolvimento. De acordo com o executivo, é a forma mais segura de garantir a oferta de produtos e soluções de alto desempenho. “Consideramos esta área peça-chave para alcançarmos resultados na missão de gerar ciência para uma vida melhor”, afirma. Por isso, a Bayer investiu, globalmente, quase € 4,7 bilhões em P&D, 9,2% a mais que em 2015.
Mais do que isso, a Bayer planeja investir cerca de R$ 180 milhões no Brasil em 2017, mantendo a média dos anos anteriores. “Nossa projeção para 2017 segue positiva. Vemos sinais de melhora no País, por isso estamos mantendo nossos planos de investimento”, afirma. Também com foco no agronegócio, a Produquímica, terceira colocada na categoria, tem estratégia semelhante à da Nufarm, mantendo um time de vendas técnicas com mais de 200 pessoas espalhadas por todo o País; e à da Bayer, com investimentos em pesquisa e desenvolvimento que ultrapassam os R$ 12 milhões anuais.
Apesar da crise, o ano de 2016 foi especial para a Produquímica, que passou a fazer parte do grupo norte-americano Compass Minerals. Com a incorporação, a companhia vê com otimismo seu futuro no mercado brasileiro, uma vez que recebeu recursos que vão permitir mais participação, incremento e fortalecimento de suas operações. “Nessa nova fase, a Produquímica, como empresa do grupo Compass Minerals, continuará a desenvolver seu portfólio especializado e se manterá focada na produção e no desenvolvimento de produtos técnicos de alta qualidade”, afirma Gerhard Walter Schultz, presidente da empresa.
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